Weezer – Raditude
Cotação: Inaplicável
Bem, como eu sempre disse pra quem quisesse ouvir e nunca fiz questão de esconder, existem algumas definições bem claras na minha vida de quais são as minhas verdades imutáveis, eternas e que nunca irão nem passar perto de mudar. São coisas que me acompanham desde sempre e formam os cinco vértices da minha definição de quem eu sou. E uma dessas pontas é a certeza de que a melhor banda do universo se chama Weezer.
Por isso eu gostaria de deixar claro, assim como fiz na resenha de “Zack and Miri make a porno” que a avaliação feita aqui foge totalmente de qualquer critério racional ou analítico no sentido estrito da palavra e que a imparcialidade passou longe sem deixar recado ou mesmo uma mensagem offline no MSN. Ou seja, perguntar se esse cd é ruim é basicamente como perguntar se minha mãe é feia ou meu pai usa calcinha: não vai levar à nada além de brigas ou a algum tipo de diálogo constrangedor entre eu e meu pai. Dito isso vamos em frente analisando o disco faixa à faixa.
“Raditude” abre com “(If You’re Wondering If I Want You To) I Want You To”, primeiro single do disco e que até já tem clipe nas interwebs. É um pop rock “weezer style”, daqueles pra tocar em rádio e fazer a galerinha cantar junto em ritmo de azaração e descontração total. Na sequência vem “I’m your daddy”, outra canção que já nasce clássica, falando sobre aquele climinha de “vou conhecer a garota da minha vida nessa pista de dança”, o que seria realmente possível se alguém aqui soubesse dançar. Aí entra a faixa 3, “The girl got hot”, mais uma daquelas músicas que te fazem pensar que Rivers Cuomo anda saindo muito, provavelmente mais do que você e isso é preocupante. Então vem “Can’t Stop Partying” e você tem certeza que realmente alguém anda se divertindo e saindo com companhias erradas, fora que existe o choque de saber que Lil’ Wayne não é o filho do Batman, como você tinha pensado, e sim um rapper. E assim termina o que eu chamo de lado “solteirão nerd pegador” do CD, perfeito pra ouvir enquanto você se arruma pra sair numa sexta à noite ou enquanto você se arruma pra ficar em casa numa sexta à noite.
Na faixa 5 o Weezer traz à tona seu repertório de canções um pouco mais sentimentais, com “Put Me Back Together”, já citada aqui no blog como representante das súplicas de retorno de ex-namorada (além de uma das melhores do CD), algo parecido com a intenção de “Trippin’ Down the Freeway”, bem mais animadinha e um pouco mais preventiva: ao invés de pedir pra você voltar eu não vou deixar você terminar. “Love Is the Answer” é a prova de que até mesmo o Weezer pode errar e de que nada é tão complicado que uma cítara mal colocada não possa complicar mais, por isso pode ser legal pular para “Let It All Hang Out”, uma música de sábado à noite bem melhor do que qualquer coisa que o Black Eyed Peas jamais possa conseguir fazer, cheia de energia, vida, coragem, alegria e outras coisas que você teria que beber para conseguir. Na versão normal o disco iria então continuar com “In the mall”, um rock simples e sem grandes pretensões fechando com “”I Don’t Want to Let You Go”, a balada final do disco, outra bela canção sobre o porque de não ser legal você me chutar ainda mais agora…
Mas claro, existe a versão Deluxe, e nela existem mais 4 músicas: “Get me some”, uma das mais pesadas do disco, com os “instrumentos moendo” e uma letra que, vá lá, é rebelde sem deixar sua mãe preocupada; “Run Over by a Truck”, que te faz assobiar no metrô e ficar estalando os dedos; “The Prettiest Girl in the Whole Wide World”, uma música lentinha que já tinha saído no segundo disco solo do Rivers e “The Underdogs” , provavelmente o mais próximo de um “We’re the world” que o Weezer algum dia vai chegar.
Numa análise geral a banda basicamente oferece mais do mesmo com algumas boas variações, o que vai ser muito interessante se você for fã e não vai te impressionar taaaanto assim se você não for. Muito da vibração adolescente dos discos antigos e que estava ausente no “Red Album” retorna, assim como uma certa vocação para o pop rock com mais cara de “música pra tocar na rádio” (se as rádios fossem legais, coisa que não são). E não se deixe assustar por participações de rappers ou pelo cachorro na capa (mas tipo, se você se assustar com o cachorro você é meio hiper-sensível, eu acho): é apenas o bom e velho Weezer de sempre. E cara, é bom saber que algumas coisas não mudam tanto assim nesse mundo estranho, frio e cruel que existe aí fora.
cara, eu meio que assutei com o cachorro. sério.
mas no geral, vou ouvir e pensar a respeito.
sei lá, eu não assustei…mas se você notar, ele até tem uma postura meio ameaçadora no fim das contas. só me resta especular as condições em que foi tirada a foto.
Eu não seria tão imparcial e isento ao resenhar ídolos… heheh