Quando é iniciada a escalada da zoeira, por mais que um fator externo tente interrompê-la, ela só chegará ao final quando todo o seu processo lógico for concluído e ela tiver atingido todas as suas conseqüências naturais. Ou seja: é impossível parar a zoeira, ela só acaba quando termina.
Resultado de observações práticas da zoeira no cotidiano, a primeira lei da zoeira trata da impossibilidade da zoeira de ser contida, controlada ou mesmo interrompida eficazmente. Além disso, a zoeira, diante de qualquer tentativa de interrupção, tende a não apenas retomar seu curso na maior velocidade possível como também a retornar com força proporcional a que havia sido usada para contê-la em primeiro lugar.
Ocorrências disso podem ser encontradas nos ambientes em que a zoeira é, em teoria, proibida ou não recomendada e quando surge recebe como resposta repreensão, críticas ou mesmo aquele barulhinho de “shhhh” que o pessoal fazia nos tempos de colégio. O movimento natural da zoeira nesses casos é, ao invés de cessar suas atividades, se reforçar até superar a resistência percebida, podendo até mesmo, em alguns casos específicos, superar em intensidade o nível de repreensão inicial.
Exemplos clássicos desse efeito vem desde a já citada zoeira infantil nas salas de aula, quando alguém chama o professor de baixinho, outro chama de anão, outro grita cadê a branca de neve e mesmo ocorrendo a repreensão e a expulsão alguém vai escrever na parte mais alta do quadro um “duvido”, até o momento adulto no bar em que todos estão zoando alguém, essa pessoa chega, todo mundo tenta se controlar mas assim que ela senta algum animal vai inevitavelmente apontar e rir.
Esse fenômeno nasce da principal característica da zoeira enquanto processo, que é a incontrolabilidade, surgida do fato de que por mais que alguém possa sim ser apontado como origem da zoeira – ou “zoador” – a partir do instante em que a zoeira nasce ela se torna uma entidade independente e nem mesmo seu autor pode mais controlá-la, tendo, se muito, a possibilidade de direcioná-la e mesmo assim com resultados questionáveis.
Daí o famoso Corolário da Zoeira de Goldblum, que afirma que “a zoeira sempre encontra um caminho”, já que nada pode pará-la e a partir do instante em que a zoeira começa a melhor medida é efetivamente deixar a zoeira ir até o final porque se você tentar parar a zoeira ela vai voltar mais forte ainda já que ela é a zoeira.
Na próxima semana: Porque em toda equação ou conversa a zoeira tende a não ter limite
Bio: “João Baldi Jr., Phd em zoeira.”
[Enem-2013] Um avião decola de Salvador com um padre, um rabino, um papagaio, um português e um argentino. Sabendo que esse avião voa a uma velocidade média de 900 km/h, com destino até Manaus (e uma escala em Porto Alegre), calcule o tempo necessário para que essa situação se torne um quadro do Zorra Total. Calcule também a temperatura em que a zoeira atinge o ponto de ebulição, conforme a escala Fahrenheit.
Sempre soube que você era da Zoeira
Fiquei tonta de ler a palavra “zoeira” tantas vezes. Preciso me recuperar. aheuaheuahue
Temo pelo dia em que a zoeira será orkutizada.
Para todos os amigos que se dizem da zoeira: http://www.naosalvo.com.br/o-dia-em-que-eu-descobri-que-nao-era-da-zoeira/#