Eu nunca fui um cara corajoso. Nunca. Sabe aquelas histórias de crianças que fazem as coisas mais absurdas, se penduram nos lugares mais altos, brincam com as facas mais afiadas, pegam qualquer coisa em qualquer lugar e colocam na boca? Eu nunca fui assim. Eu era a criança que ficava sentadinha direito na cadeira, eu era o garotinho que tinha receio do porta-talheres, eu era o bebê que não apenas não pegava coisas do chão como possivelmente partiu direto do “gugu”, “dada” e mamãe” para “isso se encontra devidamente higienizado, minha boa senhora? não me venha com rodeios”.